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21 Jan
Imigrante e a Saudade do Brasil

Já dizia Ariano Suassuna: "Saudade é a presença de uma ausência."

A saudade se faz companheira constante na vida de quem decide morar fora. 
Daquelas que de vez em quando deixamos nos abraçar, outras convidamos pra tomar um café ou ainda olhamos para ela e fingimos que não a estamos vendo.

Como imigrantes, aprendemos a viver com um pedaço do coração dividido entre o lugar onde estamos e aquele onde deixamos nossas raízes. Mas viver com saudade não precisa ser algo pesado, é possível encontrar formas mais leves de lidar com ela.  

Primeiro, é importante reconhecer que sentir saudade é natural e faz parte do processo de adaptação. Isso não significa que algo está errado ou que você tomou uma decisão equivocada, mas que os laços que você construiu são valiosos e deixam marcas. Aceitar a saudade como parte do caminho é o primeiro passo para acolhê-la.  

Algumas estratégias que me ajudam e também podem te ajudar:  

- Crie rituais de conexão: 
Reserve momentos na semana para conversar com quem você ama, seja por videochamada ou mensagens. Pequenos gestos, como cozinhar uma receita que te lembra sua família, também ajudam a manter o vínculo vivo.  

- Cultive memórias com propósito: 
Ao invés de se apegar à nostalgia de "como era", celebre as lembranças boas, guardando-as como um combustível emocional que te fortalece.  

- Estabeleça novas rotinas no país onde está:
Encontrar lugares que tragam conforto ou criar tradições próprias no novo lar pode ajudar a construir um sentimento de pertencimento. 

- Busque apoio emocional:
Conversar com outras pessoas que vivem a mesma experiência faz você se sentir menos isolado e ajuda a trocar aprendizados sobre como lidar com os desafios da imigração. 

- Invista no presente:
A saudade nos faz olhar muito para trás, mas lembrar de valorizar o aqui e agora é essencial para viver com mais leveza.  

Saudade não é algo que precisamos "vencer", mas algo que podemos integrar à nossa história, transformando-a em um lembrete do quanto somos capazes de amar e nos adaptar.  

Caso tenha se identificado e precise de ajuda, 

Me chama, eu estou aqui.  

Um abraço,  
Mariana Lellis

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